quinta-feira, 11 de junho de 2009

Gravação - 25

Por Maria Elisa, Cênicas 08
Quando a Camila terminou de me explicar quem era Liz Castro, eu não podia imaginar o semestre que se seguiria na minha vida. O medo que eu sentia da responsabilidade de assumir o papel principal de um projeto dessa magnitude concretizou-se quando, na mesma semana, a Camila me avisou que eu passara no teste.

Foi num ensaio de música em Fevereiro, que se deu o primeiro contato com a equipe: olhares para o Bruno queriam adivinhar se o cara era ou não um pé-no-saco enquanto eu tentava não fazer muito feio com minha voz verde no meio de um monte de gente que entende de música. Uma Lástima! Fui pra Sampa com a certeza de que o Edú [músico] me odiava e tentando entender porque eu tinha entrado nessa.

No início das aulas veio um LOOONGO processo de pré-gravação. Ensaios de música, três ensaios semanais de dança, gravações das músicas... Tudo isso com um semestre de 36 créditos em andamento, casa pra cuidar e uma vida a ser vivida. Daí, o surto e as crises de choro não foram surpresa pra ninguém.

E a coisa não estava uma doideira só pro meu lado. Com o início das gravações o trabalho foi pesando para todos: Stella, Lash, Lígia e Thaís tentavam transformar essa Hiponga que vos fala, na patricinha Liz; Marusha a mil com as locações; Gu e Senaha fazendo coisas que eu não entendo até agora; Dri mandando 45 e-mails por segundo; Bruno se desdobrando pra levar o "Três" junto com um semestre que deveria acabar prematuramente... Eu com saudade de casa assoprando 22 velinhas numa sargeta da locação.

Mas isso começou a me fazer muito bem. Ir para o ensaio de dança, ir gravar, foi ficando cada dia mais delicioso, leve e divertido. A cada dia eu via o quanto estava aprendendo, o quanto aprendíamos todos juntos. Via esse poder que a Arte tem de fazer esse bando de apaixonados deixar suas vidas uma confusão, perder finais de semana, varar noites para "não ganhar nada".
Bom, eu vejo que eu ganhei MUITO. O Três não só me ensinou muito sobre o meu trabalho como me colocou em contato com pessoas muito queridas às quais tenho que agradecer, pois sem elas não teria conseguido:

Edú: Grata pela paciência com essa cantora de meia tijela, pelo seu profissionalismo e delicadeza.
Dani: Por não ter desistido nem quando eu tive CERTEZA que não ia conseguir. Por ter me feito conseguir.
Arte: Por vcs serem lindas, por me deixarem linda e pelas risadas.
Gu e Senaha: Por fazerem a mágica acontecer.
Cá: Pela confiança que teve em mim, pela amiga q vc é e por ter me dado um tango.
Drí: Por ser sempre tão fofa comigo, por aturar minhas crises, por me mimar.
Marú: Por me mostrar o que é ser uma mulher forte.
Chico e Dú: Por que quando vcs estavam eu me sentia mais em casa, pelo apoio psicológico e por que familia é familia!
Equipe de Dança: Por fazer o trabalho ser engraçadíssimo. Por me ensinarem os passos quando eu estava boiando.
Bruno: Por que você estave comigo o tempo todo nesses últimos meses e, por isso, às vezes só vc me entendia; por que é maravilhoso encontrar um amigo onde a gente menos espera. Ahh! E é claro: por que vc não me derrubou no chão nenhuma vez, pq vc tem a pegada, e pq, agora q vc é famoso, vai me indicar para os Produtores da Broadway e seremos duas pessoas felizes com microfones na testa.

No mais, agradeço cada pessoa que fez algo pelo "Três". Eu queria poder falar mais e colocar aqui todos os nomes... mas sabe como é, eu só tenho 400 palavras.

Um beijo sabor sangue de morango.

Um comentário:

 

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