terça-feira, 21 de abril de 2009

Gravação - 5

Eu resumiria o dia de hoje em poucas, mas precisas palavras:

Estúdio, frio, risadas e loucura.

De manhã somente eu, Camila e Dri tivemos ensaio com atores do um núcleo familiar; nos divertimos horrores e criamos muito em cima das cenas que ainda não tinham sido ensaiadas. [É, quando o projeto é longo, e aliado a ele há um curso integral, é necessário começar as filmagens de alguns núcleos sem nem ter discutido uma cena sequer com outros, é a vida, né?!].

Num momento de improviso de cena, o Renan, um dos pais na história, soltou a seguinte frase: "Eu perco a fome quando cantam"; referência direta a algumas de suas cenas. Risos a parte me lembrei da discussão que eu e Camila tivemos quando estávamos criando o roteiro: "A gente não gosta de cenas em que as pessoas ficam cantando do nada", embora essa seja a alma do musical. Decidimos que se necessário elas existiriam, senão todas teriam uma motivação pra começar.

Encerrando o ensaio para que a logística de tempo ficasse boa para todos, fomos almoçar. E é em momentos conturbados como o almoço de hoje que eu me pergunto a cada 2 minutos "por que raios você ainda faz produção, Marusha?!". Fazer o que, se a gente nasceu pra isso (será!?)?! Depois do corre daqui e "voa" dali pra voltar pro IA abrir a porta pro pessoal da arte, a tarde foi geradora de momentos engraçadíssimos; no fundo parecia que não estávamos ali trabalhando, mas sim nos divertindo de verdade, e somente isso.

Repetindo palavras do post anterior...
Imagina que a arte está ali trabalhando no ator, e que você não tem absolutamente nada pra fazer; imagina, então, que você decide por uma música de fundo, mas que ali só existem as músicas do musical (cujas letras e encenações você absolutamente domina); imagina o quanto o silêncio te incomoda (embora seja importante dizer que silêncio absoluto não existe quando juntamos eu, Stella, Lash e Felipe, mas enfim); imagina que o Leo (dono das melhores sacadas do mundo - e também das piores piadas, mas isso não importa) chega; imagina que você começa a cantar as músicas; imagina que logo estão você e Leo fazendo performance; imagine que a câmera do making of registrou tudo isso; imagina que as pessoas todas (porque nesse meio tempo a equipe completa chegou) estão abismadas do seu lado dizendo: "gente, essa menina tá louca". Tá, talvez eu estivesse um pouco louca mesmo...

Agora pensa que essa loucura se dissipa e quando você vê um a um vão "pirando" e rola um riso coletivo: uma por causa de um detalhe mínimo do roteiro; outra por causa da palavra "burburinho" (vai entender, né?!); outra sem nenhuma razão aparente... e, assim, somado ao Alasca do estúdio (por que raios o ar condicionado não pode ser menos potente? Já dizia Ana Rute: "esse estúdio ou é a CBéria - referência a nossas salas de aula (CB) - ou o Recife") a equipe passa a tarde gravando sem nem ver o tempo passar.

"Meu deus! São 18h20! Logo o Chico chega na casa do Gu! Corre galera!"

E assim deu-se o tempo de "engolir" uma comida, recuperar da dor de cabeça do ar condicionado, tomar um banho "voando" e correr pra casa do Gustavo. Uma noite bem tranquila e de muita diversão.

Citando mais uma pessoa, vale a pena encerrar com a frase do Chico: "Diversão e trabalho não combinam; embora eu sempre me divirta muito trabalhando".
E que tenha o dito.

Um comentário:

 

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