sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gravação - 18

Bruna: "Poxa, vocês são pontuais mesmo, hein?!"

É, ontem na nossa jornada de 13h de gravação (17h-6h, sendo que cheguei em casa 7h) eu não conseguia ver além dos meus próprios olhos. Essa frase pode parecer estranha, mas o que tento dizer é que em 80% do tempo eu saí das vestes de produtora para simplesmente ser Marusha. Isso é bom? Nem sei.

Sei que ver a última cena de sequência de dança ser gravada me doeu de uma forma especial; não por qualquer razão de gravação ou produção, mas porque ali eu entendi que "meu deus, eu passo a ter segundas, terças e quintas (dias dos ensaios) a noite livre"; porque ali eu aceitei que esse projeto, como diria nosso orientador, está na fase que "caminha com as próprias pernas"; e, ali eu consegui ver que acima de tudo, sempre vale a pena se matar por algo em que você acredita.

Independente das brigas; independente dos stresses; dos atrasos; dos choros; das loucuras; das noites mal ou não dormidas. Independente de tudo, estava ali e valia a pena.

Mas foi na escada que destinava à gravação de uma das últimas sequências do roteiro cronologicamente que eu fiquei às vias de desabar. Quando o Leo sentou do meu lado e disse: O que a gente vai fazer quando isso acabar? Eu só consegui responder, segurando as minhas emoções, que não sabia. Ele riu e disse: Temos que emendar um outro projeto...
Essas palavras são o suficiente para fazer a gente olhar pra trás, lá pelos altos de Agosto de 2008 quando tudo isso começou e repensar em todo o processo, em todo o ganho pessoal, nas pessoas que conhecemos...

Esse post pode parecer um pouco triste, ou brega, ou sei lá. Só queria deixar registrado aqui esse sentimento meu e da equipe de não saber mesmo como lidar com o encaminhamento do fim do projeto; não estamos preparados para ser órfãos de cênicos, dancetes, músicos, plásticos e da convivência intensa entre nós mesmos, midiálogos...

2 comentários:

 

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